COMO VIOLETA

Uma história, duas vidas... Vários sonhos, algumas incertezas. Amar poderia ser um verbo a ser conjugado mas as vezes o tempo é implacável e nós... apenas lembranças. Um sinal, um gesto, um encontro, o suficiente para recordar minha cabeça reclinada sobre teu árduo colo, podendo até sentir o pulsar das entranhas ao se denunciar na química do amor... Vir-te despida diante do meu querer, desejar e a quis, simplesmente quis! você não sei mas o que pude notar foi o perfume a aromatizar nossos corpos entrelaçados e num desejo único se desfazer por nossos sentimentos de culpa... tudo é pecado! O tempo passa e as oportunidades ficam cada vez mais escassa, você se esquiva como o diabo foge da cruz e eu carregado de libido fico no frenesi insaciável querendo a tempo buscar em ti o que outrora deixei escapar, não fui o único culpado, fomos cúmplices, fomos amantes, fomos amados, sempre fomos e fiquei a contempto. Construimos sonhos, realidades, destruimos forças, mentiras, até os hipocritas cairam diante de nós mas mesmo dominados por um sentimento capaz de nos levar a lugares e mares nunca dante navegados não fomos capazes de conjugar simplesmente o verbo AMAR... Precisava apenas ser eu, ser você, ser o que somos e como toque de mágica transpor nossa essência para um mundo real e sem medo, sem idade, sem religião, sem dor, sem incerteza, sem explicação, sem resposta onde a força do ser e existir fosse o alimento para poder um dia não ter que chorarmos num quarto de hotel como se nunca tivessemos nos visto antes, ali violeta era apenas eu e você, sei que borboletas sempre voltam, borboletas mas o tempo... o tempo não para.Sabes, o AMOR é para ser compartilhado. Até o entardecer. Marcos Antonio F Lima